Mel urbano, feito por abelhas

Os apicultores franceses multiplicaram as colmeias sobre as construções públicas (aqui ao Grande Palácio em Paris) a fim de salvar as abelhas dos adubos e pesticidas, dos quais são vítimas em campanha.

Contra qualquer espera, as abelhas fizeram das cidades um dos seus terrenos preferidos. Provar ao  mel urbano, ou mesmo lançar-se na sua própria produção, fica acessível ao maior número.

As colmeias estão em cima dos telhados… Encontra-se igualmente sobre a  Ópera de Paris ou Lille, em cima do Teatro do Merlan em Marselha, ou do Grande Palácio em Paris. Algumas foram erigidas mesmo perto das pistas do aeroporto de Roissy. Os apicultores teriam perdido a cabeça para instalar as suas abelhas em espaços também urbanos? De forma alguma. Pelo contrário é para salvar as abelhas que eles multiplicaram as colmeias citadinas sobre construções públicas e empresas. As campanhas, nos adubos e pesticidas, acrescentados à diminuição da biodiversidade, ameaçam com efeito pesadamente estes insectos. Ora a sua rarefacção poderia causar sérios problemas de polinização de diversas espécies vegetais. L' União nacional dos apicultores por conseguinte alertou a opinião pública em 2005. E a operação tanto andou bem que prossegue-se. As abelhas são com efeito muito à vontade em cidade e provam ser além disso um excelente barómetro ecológico da qualidade do ambiente.

Após uma cartografia nacional dos rendimentos, as colmeias urbanas produzem quase duas vezes mais que as do campo. Uma colmeia média de 40.000 abelhas pode fornecer até  50 ou mesmo 80 Kg de mel por ano, contra cerca de trinta actualmente em zona rural. Um fenómeno que se  explica com as temperaturas urbanas mais clementes e um período floristico mais longo graças a múltiplas espécies ornamentais que alí florecem todo o ano.